Outras quatro testemunhas serão ouvidas sobre crime em São Caetano
terça-feira, 4 de outubro de 2011Depois de ouvir quatro crianças que testemunharam o crime protagonizado por D.M.N., de 10 anos, em 22 de setembro, a delegada Lucy Mastellini Fernandes, titular do 3º Distrito Policial de guia de São Caetano do Sul, no ABC paulista, concluiu que pelo menos outros quatro estudantes precisam prestar depoimento. Nesta segunda-feira, Lucy conversou com a professora Rosileide Queirós de Oliveira, baleada por D.M.N. durante uma aula na escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão. O menino atirou contra a Rosi, como era chamada pelos alunos, com um revólver calibre 38 e depois se matou com um tiro na cabeça.
“Posso dizer que estou mais confusa do que quando comecei a investigar o caso”, confessou a delegada. Lucy resolveu convocar as novas testemunhas depois que ela foram citadas de alguma maneira pelos estudantes que depuseram nesta segunda-feira. Todos devem ser ouvidos até esta quinta-feira, dia 6. “Tenho a impresssão de que serão as últimas pessoas que precisarei escutar”.
Embora afirme que não convocará outras testemunhas além das novas quatro crianças, Lucy não acredita que conseguirá desvendar o mistério. “Acho que o único que poderia solucioná-lo não está mais entre nós”, lamentou a delegada.
D.M.N. era considerado por colegas, professores e familiares um menino calmo, estudioso e comportado. Ninguém sabe o que o levou a cometer o crime.
Um dos alunos da sala de D.M.N. revelou na última semana ao site de VEJA que o garoto premeditou o crime. M.V.S., também de 10 anos, era o melhor amigo de D.M.N.. “Ele disse que tinha seis balas, que ia matar a professora e se matar”, contou na entrevista. O estudante foi um dos alunos ouvidos nesta segunda-feira.
Outra criança que prestou depoimento foi G.J.G., de 10 anos. Também em entrevista ao site de VEJA na última semana, o menino revelou que, no dia da tragédia, voltou à escola para saber do amigo D.M.N.. “Uma psicóloga perguntou ao G.J.G o que ele achava que tinha acontecido”, contou o avô, que participou da conversa. “Ele respondeu: ‘acho que foi uma brincadeira, que o D.M.N. só queria dar um susto e pensava que o revólver não tinha bala'”.
Fonte: Veja.com