Câmara de São Caetano aprova reajuste de 5%
sexta-feira, 29 de junho de 2012Após o atraso na definição de reposição salarial do funcionalismo público de cerca de um mês e 20 dias por parte da Prefeitura, a Câmara Municipal de São Caetano aprovou em primeira e segunda discussões, ontem, o projeto de lei que regulamenta o aumento de 4,97% nos vencimentos dos servidores.
Para limpar a pauta e evitar possível levantamento do recesso parlamentar, os vereadores fizeram esforço para votar rapidamente a matéria em dois turnos. Com dois projetos de lei – um para os servidores do Executivo e outro para os do Legislativo -, a Casa oficializou o aumento da remuneração dos trabalhadores que, agora, só dependem das sanções do prefeito José de Auricchio júnior (PTB) e do presidente da Câmara, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB).
Amanhã, os parlamentares votam em duas sessões extras projeto de lei que autoriza o início do PCCV (Plano de Cargos Carreira e Vencimentos). Como foi acordado com o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Caetano, a Prefeitura enviou a lei de autorização do aumento do salário-base da GCM (Guarda Civil Municipal). “São benefícios para GCM”, explicou o líder do governo, vereador Paulo Bottura (PTB). Cerca de 400 guardas terão os vencimentos-base ampliados de R$ 200 para R$ 700.
Durante a aprovação da matéria, justamente o atraso na negociação por parte do Executivo foi tema de desentendimento entre Bottura e o petista Edgar Nóbrega, que elevou o tom. Eles trocaram acusações além do tema em pauta.
“Vá ao Fórum de São Caetano, vereador Paulo Bottura, e veja a quantidade de estudantes da USCS (Universidade de São Caetano do Sul) que estão sendo processados por atraso na mensalidade. Muitos deles são funcionários públicos e se o reajuste tivesse saído na data certa (1º de maio) não teriam atrasado o pagamento”, afirmou Edgar.
O líder do governo rebateu dizendo que o acréscimo no vencimento é retroativo à data base e não há prejuízos., ao repetir a justificativa do Executivo. Em seguida emendou ataque: “Vai perguntar para os seus amigos de São Bernardo, Diadema e Mauá (prefeituras comandadas por petistas) se eles receberam reajustes?” Mauá é a única que não concedeu o benefício. Santo André, governada por Aidan Ravin, do PTB de Bottura, negociou 3,5%.
Edgar chegou a pedir “coragem” enquanto Bottura repetiu seguidas vezes: “Você quis compor com o Paulo Pinheiro (PMDB, candidato a prefeito) e ele não quis”.
Outro projeto aprovado ontem foi a instauração da Ficha Limpa para funcionários públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário, de autoria de Jorge Salgado (PTB). A legislação é uma reprodução do projeto de lei do deputado estadual Orlando Morando aprovado no Estado. Curiosamente, essa matéria seria votada em segunda discussão, porém, Salgado pediu adiamento para agosto, quando os vereadores voltarão do recesso.
Fonte: Diário do Grande ABC