Com migração, São Caetano projeta novos hospitais
quinta-feira, 28 de julho de 2011Na semana em que completa 134 anos, a cidade de São Caetano contou com duas boas notícias na área de Saúde. O prefeito José Auricchio Jr (PTB) anunciou que os trâmites judiciais em torno do antigo Hospital São Caetano estão em fase final. Segundo o chefe do Executivo, nos próximos meses a prefeitura será o fiel depositário do complexo hospitalar, e poderá reabrir as portas da unidade para atendimento aos moradores.
“Temos essa batalha jurídica praticamente em fase final, para assumi-lo”, disse Auricchio. Em crise financeira, a instituição fechou as portas há um ano, deixando 19 pacientes na mão. O município foi obrigado a absorver a demanda particular na rede municipal. A outra boa notícia fica por conta do andamento das obras no novo hospital municipal.
Ao lado do piscinão Jaboticabal, a unidade é considerada a “menina dos olhos” da administração do petebistas. As obras, segundo consta no calendário municipal, estão acelaradas e deverão ser finalizadas já em 2012, último ano de gestão de Auricchio.
Ambas as intervenções na Saúde contemplarão os altos números de migração de pacientes da cidade. Segundo os registros da Secretaria de Saúde do município, ambulatórios e UBSs (Unidades Básicas de Saúde) tem até 20% do total de pacientes vindos de outras cidades; já as internações “importadas” pelo Hospital Maria Braido chegam a 30%.
O número é ainda maior no Hospital de Emergências Albert Sabin: 45%. Apesar da alta taxa de migração, o fato é contextualizado como um resultado dos serviços municipais de saúde, “atração” a moradores fora de São Caetano. “É natural no ser humano, em qualquer época da humanidade migrar em situação de dificuldade ou angústia. Se aperta o calo do indivíduo, ele vai da cidade A para a B, da C ela vai para a D. A gente entende que há um fator de atração por conta da oferta maior de serviço qualificado”, afirmou o prefeito.
Outro imbróglio judicial que está com os dias contados em São Caetano diz respeito ao terreno das antigas instalações da indústria química Matarazzo. A liberação de parte do terreno, cerca de 20 mil m², está “iminente”, segundo a prefeitura. “A Cetesb já nos deu o sinal verde para liberar a área nos próximos dias”, disse Auricchio. O local é considerado com “peso de ouro”. As especulações colocam tal região com grande valor imobiliário.
Por outro lado, outrora a prefeitura sinalizara para a construção de uma parque naquela região. Ao todo, os terrenos Matarazzo possuem cerca de 400 mil m². Parte deste total é considerada contaminada, após as atividades industriais realizada pela empresa no passado.
Fonte: Rede Bom Dia